O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um alerta incisivo na noite desta segunda-feira, dia 16, sobre a situação no Oriente Médio. Usando suas redes sociais, ele pediu que “todo mundo saia imediatamente de Teerã”, classificando a situação como “um desperdício de vida humana”. A declaração ocorre em meio à escalada do conflito entre Irã e Israel.
Trump voltou a criticar o governo iraniano por rejeitar o acordo nuclear proposto pelos Estados Unidos. “O Irã deveria ter assinado o acordo que eu sugeri. Que vergonha e desperdício de vida humana. É simples: o Irã não pode ter arma nuclear!”, afirmou. A proposta americana previa que Teerã interrompesse totalmente o enriquecimento de urânio, em troca da criação de um consórcio regional para geração de energia nuclear, incluindo Irã, Arábia Saudita, Israel, outros países do Oriente Médio e os próprios EUA.
O Irã não aceitou o acordo, alegando que sua resistência se dá em resposta aos recentes bombardeios israelenses. Segundo o governo iraniano, o mundo passa a compreender sua luta por manter o direito de enriquecer urânio e desenvolver tecnologia nuclear, além de seu programa de mísseis, que diz ter caráter defensivo.
O conflito se intensificou após Israel bombardear a sede da emissora estatal IRIB em Teerã, resultando na morte de um funcionário. Em reação, o Irã lançou sua nona onda de mísseis contra território israelense, com alvos em Tel Aviv e outras cidades. A Guarda Revolucionária iraniana afirma que os ataques continuarão “até o amanhecer”.
Diante da gravidade da situação, Trump deixou antecipadamente a cúpula do G7, realizada no Canadá, para retornar aos Estados Unidos. A Casa Branca informou que ele convocou uma reunião de emergência com o Conselho de Segurança Nacional. Enquanto isso, o G7 articula um apelo conjunto para que Israel e Irã reduzam as hostilidades, mas sem o endosso formal dos EUA.
Até agora, o confronto deixou pelo menos 240 mortos — sendo 220 no Irã e mais de 20 em Israel. As Forças de Defesa de Israel (FDI) seguem interceptando mísseis, mas parte deles conseguiu atingir áreas do país. Israel mantém o alerta para que civis busquem abrigo em bunkers, enquanto os EUA enviaram um de seus maiores porta-aviões para a região, sem, no entanto, confirmar uma participação direta no conflito neste momento.