Na manhã desta sexta-feira, dia 28, um voo com 104 brasileiros deportados dos Estados Unidos pousou no Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza. Segundo a Secretaria de Direitos Humanos do Ceará (Sedih), quatro passageiros foram presos pela Polícia Federal (PF) após o desembarque.
Entre os repatriados, há um cearense e um bebê. Após a recepção na capital, 77 pessoas seguiram para Belo Horizonte em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Esse é o quinto grupo que retorna ao Brasil desde que Donald Trump reassumiu a presidência dos EUA e o quarto a desembarcar em Fortaleza.
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) informou que participa da operação interministerial para acolhimento humanitário dos deportados. “A operação reforça o compromisso do país em assegurar a dignidade e a proteção dos direitos humanos”, destacou a pasta.
Os repatriados recebem suporte no Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante (PAAHM), em Fortaleza, e em Confins, onde há uma estrutura adaptada para o acolhimento. Entre os serviços oferecidos estão alimentação, kits de higiene, atendimento médico e psicossocial, além de apoio logístico para o deslocamento às cidades de origem.
Desde fevereiro, Fortaleza se tornou o principal destino dos voos com deportados dos EUA. A opção pela capital cearense teve razões estratégicas e baseadas no Direito Internacional. Como os deportados são algemados, um aeroporto no litoral permite que os passageiros fiquem o menor tempo possível nessa condição em território nacional, o que é vedado pela legislação brasileira.