O Ceará registrou em abril de 2025 o menor volume de chuvas para o mês desde 2017. Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o acumulado foi de 123,1 milímetros, valor 35,5% abaixo da média histórica de 190,7 mm. Em comparação, abril de 2024 teve um acumulado de 224,8 mm, um desvio positivo de 17,9%.
No trimestre de fevereiro a abril, que compõe a maior parte da quadra chuvosa no Estado, o volume total registrado foi de 453,6 mm. A média esperada para o período é de 518,5 mm. Mesmo com um desvio de 12,5% a menos, o valor ainda é considerado “em torno da média”, conforme a escala usada pela Funceme.
Durante esse período, 57% da área do Ceará tiveram chuvas abaixo da média. Já 36,2% das regiões registraram volume dentro da normalidade, e o restante teve precipitações acima da média histórica. As áreas com melhores desempenhos foram a faixa litorânea, parte do Maciço de Baturité e a região de Orós, que registrou o vertimento do açude após 14 anos.
Maio, historicamente o mês mais seco da quadra chuvosa, tem média de 90,7 mm. Em 2024, choveu 72,9 mm no mês, o que representou um desvio negativo de 19,6%. Para 2025, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê possibilidade de chuvas abaixo da média no Sul do Estado, e acumulados acima da média na faixa litorânea.
Segundo a Funceme, há 50% de chance de que o Ceará registre chuvas dentro da média histórica entre abril e junho. Há ainda 25% de probabilidade para precipitações abaixo da média e 25% para volumes acima. Os modelos indicam também variabilidade nas chuvas, tanto em tempo quanto em localização geográfica.