O chanceler iraniano Abbas Aaghchi afirmou neste domingo, dia 15, que o Irã não tem interesse na expansão do conflito com Israel e suspenderá seus ataques caso o governo israelense também interrompa as ações. A fala ocorre após Israel ter atingido instalações estratégicas iranianas, como refinarias e o campo de gás Pars Sul, no sábado, dia 14.
Apesar da sinalização diplomática, grupos aliados do Irã, como os houthis do Iêmen, anunciaram um ataque com mísseis na madrugada, em coordenação com Teerã. O gesto representa uma possível ampliação do conflito para além dos dois países. Os houthis mantêm operações contra Israel, mesmo em meio a uma trégua com forças americanas na região do mar Vermelho.
O chanceler iraniano classificou os ataques israelenses como “erro estratégico” e responsabilizou os Estados Unidos por apoiarem a ação. Já o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o país não participou diretamente do ataque, mas advertiu que qualquer investida contra tropas americanas será respondida com força. Ele também sugeriu a possibilidade de um acordo de paz entre Irã e Israel.
O governo iraniano acusou o premiê Binyamin Netanyahu de agir para sabotar a negociação nuclear que vinha sendo mediada por Omã. A nova rodada de negociações prevista para este domingo foi suspensa após a escalada do conflito.
Desde sexta-feira (13), Israel lançou uma ofensiva para enfraquecer a infraestrutura militar iraniana, após impasse sobre o programa nuclear. O Irã respondeu com mísseis que deixaram 13 mortos em território israelense, segundo autoridades locais. A situação permanece tensa, com incertezas sobre a continuidade dos confrontos.