O Ceará reduziu a taxa de extrema pobreza para 7,9 % em 2024, o menor nível da série histórica iniciada em 2012 pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE. Os dados foram divulgados nesta sexta, dia 16, pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
Segundo o levantamento, mais de 275 mil cearenses deixaram a extrema pobreza nos últimos dois anos; somente em 2024, 135 mil pessoas superaram essa condição. A linha de extrema pobreza considera renda inferior ao equivalente a US$ 2,15 por dia (cerca de R$ 209 mensais).
Entre 2021 e 2023, período pós‑pandemia, cerca de 600 mil habitantes já haviam superado a extrema pobreza, redução de 40,6 % no contingente. Do total, 64,5 % viviam em áreas urbanas e 35,4 % em zonas rurais, indicando mudança no perfil socioeconômico do Estado.
Na comparação entre 2012 e 2023, o número de indivíduos em extrema pobreza recuou 30,7 %, com 388 mil pessoas beneficiadas. O Ipece observa que a população extremamente pobre tornou‑se majoritariamente urbana ao longo da década.
A primeira‑dama do Estado, presidente do Comitê Ceará Sem Fome, afirmou em redes sociais que os resultados representam “vidas sendo transformadas” e reforçou a continuidade das ações de combate à insegurança alimentar.