A ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Simone Tebet, afirmou nesta terça-feira, dia 25, que os preços dos alimentos devem começar a cair nos próximos 60 dias, como resultado das ações adotadas pelo governo federal. A declaração foi feita durante sua participação no programa Bom Dia, Ministra, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Segundo Tebet, a alta nos preços é consequência de fatores como mudanças climáticas e quebras de safra, inclusive em países produtores.“Os alimentos que mais subiram são aqueles produtos que são mais caros para o coração ou para o paladar do povo brasileiro, que é o ovo, o café”, afirmou a ministra.
No entanto, ela destacou que a próxima safra trará um alívio. “O agronegócio brasileiro esse ano vem muito forte e dará, inclusive, sustentabilidade ao nosso PIB. Ouso dizer que vamos crescer acima das projeções que nós mesmos estamos fazendo, porque teremos uma safra muito forte que vai ajudar no crescimento, na geração de emprego e renda e no barateamento dos alimentos”, ressaltou.
Medidas adotadas
A ministra destacou que o governo tem tomado “as medidas certas, na medida certa” para garantir a redução dos preços dos alimentos no futuro.“Seria muito perigoso segurar o preço agora para, depois de seis meses ou um ano, o preço explodir”, alertou, garantindo que “em 60 dias, os preços começam a cair no supermercado”.
Entre as ações elogiadas por Tebet, algumas foram promovidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com foco na desburocratização de normas para a comercialização de determinados produtos, como os ovos, entre diferentes estados, eliminando a exigência de um selo nacional.
A ministra explicou que, nesse caso, bastaria a apresentação de um selo estadual.Ela também ressaltou a importância da participação dos estados na redução dos preços dos alimentos.
“Alguns estados não têm isenção de imposto dos ICMS na cesta básica. Tudo bem que não possa fazer pelo ano inteiro, porque isso impacta nas contas deles. Mas nada impede de darem [por um período específico] essa isenção, apertando o cinto. É o que a gente faz, aqui, com os gastos públicos. Com ajustes, cortes de supérfluos, combate a erros e fraudes. É conter do lado que não não precisa, para ter do lado que precisa”, concluiu.