Em 2024, o Brasil se consolidava como o maior exportador de algodão do mundo, ultrapassando os Estados Unidos pela primeira vez. Esse feito foi alcançado graças a uma colheita recorde de 3,5 milhões de toneladas, das quais 2,35 milhões foram direcionadas ao mercado externo. O algodão brasileiro, com 84% de produção certificada em termos socioambientais, ganhou reconhecimento global por sua qualidade e compromisso com a sustentabilidade.
Nesse contexto, o Ceará reafirmou sua relevância ao atingir US$ 20 milhões nas exportações de algodão entre janeiro e agosto, com um aumento de 56,2% no volume enviado ao exterior. Esse crescimento reflete o esforço contínuo do estado de revitalização da produção de algodão, aproveitando o momento favorável do Brasil no mercado global.
O Projeto Algodão no Ceará, em parceria com a FIEC e outras organizações, tem sido um fator essencial nessa retomada. O programa busca não apenas aumentar a produção estadual, mas também fortalecer as exportações e firmar a posição do Ceará no mercado global de algodão e produtos têxteis.
No mesmo período, o setor têxtil do Ceará, impulsionado principalmente pelo algodão, alcançou US$ 22,88 milhões em exportações, representando um crescimento de 22% em comparação com o ano anterior. O algodão teve papel central nesse crescimento, sendo responsável por mais de 87% do valor total das exportações têxteis do estado.
Embora o algodão seja destaque, o setor têxtil cearense é bastante diversificado, incluindo produtos como filamentos sintéticos, pastas, feltros e tecidos técnicos. Essa diversidade é crucial para reduzir custos, aumentar a competitividade e ampliar a presença do estado no mercado internacional.
A América Latina continua sendo os principais destinos das exportações têxteis do Ceará, com ênfase na Colômbia e no Peru, que tiveram aumentos significativos entre janeiro e agosto de 2024. A Colômbia, maior mercado, registrou uma elevação de 62,4% no valor exportado , enquanto o Peru se destaca com um crescimento de 94,4% em valor e 118% em volume.
Este relatório integra um estudo de inteligência comercial produzido pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da FIEC, que analisa o papel fundamental do algodão nesse avanço e nas oportunidades no mercado internacional.