A Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará tem se destacado por suas iniciativas de prevenção e educação no combate à violência contra a mulher, promovendo palestras em escolas públicas e privadas. Recentemente, adolescentes da Escola Indígena Itá-Ara participaram de uma atividade educativa para identificar sinais de violência e conhecer os direitos das mulheres.
Durante a palestra, jovens de 15 a 18 anos foram incentivados a identificar comportamentos abusivos, como a chantagem emocional, que muitas vezes ocorre em relacionamentos íntimos.
Essa iniciativa faz parte de um esforço contínuo para educar os jovens sobre a importância da igualdade de gênero e da prevenção da violência. A Procuradoria Especial da Mulher desempenha um papel crucial ao criar espaços para o diálogo e a conscientização, com o objetivo de desconstruir a cultura de violência e discriminação contra as mulheres.
A morte de Diana Pitaguari, em 2017, levou à criação de uma lei estadual que instituiu a Semana de Conscientização contra a Violência nas Escolas Indígenas. Este evento é uma oportunidade para que os alunos se identifiquem e entendam a importância de denunciar abusos, promovendo um protagonismo feminino que busca romper o ciclo de violência.
Além das palestras, a Procuradoria oferece apoio jurídico, psicossocial e de mediação, com o objetivo de promover políticas de emancipação feminina. “Empoderar as mulheres para que elas possam denunciar e também garantir que haja estruturas adequadas para acolher de forma eficaz e incentivar políticas públicas voltadas para nós, mulheres”, destacou Érica Praciano, coordenadora da Procuradoria.
A desconstrução da cultura da violência exige a conscientização de todos, e as ações educativas têm como propósito não apenas proteger as mulheres, mas também ensinar aos homens a importância do respeito e da igualdade de gênero. “Homens e mulheres são iguais e homens não devem agredir mulheres”, enfatizou uma das participantes.